segunda-feira, 16 de maio de 2016

Dia 8 - Cochabamba / Coroico

O café da manhã no Hotel Olimpic é simples mas gostoso. Há duas opções...  Todos fomos na hamburguesa tostada.

Este foi um dos dias em que mais tive prazer em ser um motociclista. Saindo de Cochabamba,  subimos a mais de 4600 m de altitude, numa paisagem de tirar o fôlego.

Havíamos constatado que os pneus estavam gastando mais em um dos lados, por conta da inclinação da pista.  Assim, sempre que podíamos, andávamos na contramão. Essa é um dica importante para longas viagens.

Na saída de Cochabamba paramos para abastecer,  mas o jeitinho brasileiro não colou.  Tivemos que pagar o preço absurdo para encher os tanques.

La paz é uma Doideira só. Na chagada ou saida da cidade, há pilhas e pilhas de lixo depositados ao lado das rodovias.  Eu nunca tinha visto tanta van numa corrida desordenada. Que coisa loca...  O cheiro dos gases que saem dos carros e caminhões que entulham as estradas é muito forte. E tem gente vendendo coisa em todo lugar.

Fizemos uma paradinha em El Alto para comprar bananas e bergamotas numa feira gigante, onde eles vendem de tudo. Ali, um casal de hippies vindos do Brasil com uma combi velha, pararam para conversar conosco quando notaram que as motos eram do Brasil.

Seguimos o GPS na direção de Coroico. Passamos por dentro de cidades e ladeiras que lembram as favelas do Rio de Janeiro. Minha moto já estava na reserva, quando tentamos comprar gasolina num posto, pra nossa surpresa, o gerente do posto disse que só venderia 10 litros, pois não tinham o "sistema" para vender no preço internacional.  Assim, vendeu os 10 l utilizando a sua própria identidade para emitir a nota.  Logo à frente,  um outro posto nos vendeu a 7Bs, nem preço nacional nem internacional...  Vai entender!

Subimos até 4800m e depois descemos até os 1000m em 85 km rodados  numa estrada muito linda.  Que paisagens maravilhosas! Nossa serra do Rio do Rastro fica pequenina perto dos 3800m nessa estrada.

Não demos conta de chegar ao hostel que tínhamos planejado.  Anoiteceu e ficamos com muito medo de rodar os 30km faltantes na terra de pedras soltas, sem saber exatamente o endereço (pois no booking não dizia). Foi providencial a ajuda de um senhor que nos indicou um outro hotel,  quando viu a nossa cara de desespero. Já tinhamos dirigido quase 2h no escuro. Estávamos exaustos como nunca antes!

Mais um dia se finda.  No hotel,  fizemos amizade com 3 motociclistas argentinos, vindos de BsAs, que fariam um percurso parecido com o nosso.  Nos disseram que ao invés de Copacabana, eta melhor sairmos por Desaguadero.

Jantamos um PF, gratos por estarmos em segurança num pequeno hotel em um local de dificil acesso e longe de tudo, e fomos descansar!

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