Rodamos sob chuva boa parte do percurso. Teve momentos em que o céu abria... Mas alguns km a frente, chovia de novo.
A Ruta 4, de modo geral, é bem tranquila nos primeiros 350km. Abastecemos em Ivirgaizama, no mesmo esquema, com sucesso. A Jucelia fez amizade com um fiscal da Estacion de Servicio, cuja função é evitar que se venda gasolina para pessoas suspeitas, pois o combustível é usado no refino da cocaína.
Os últimos 120 km foram os mais difíceis da viagem até agora. Subimos mais de 3000m, debaixo de chuva, com estrada muito ruim... Vários trechos com pavimento de pedra de rio, escorregadia pra caramba, e a quantidade enorme de caminhões. Alguns trechos eu pilotei de pé, pra se equilibrar no off-road.
Ouvi a buzina do Josué... Quando olho para trás vejo o Nelo e a Jucelia no chão. Numa parada necessária, o Nelo foi por o pé no chão, escorregou nas pedras lisas e não aguentou o peso da moto e da Jucelia. Por conta dos alforjes a caroneira não o pode ajudar. Verificamos que não haviam se machucado e que a moto não tinha sofrido nada... Agradecemos o único caminhoneiro que parou atrás (porque os demais quase passavam por cima da gente) e seguimos viagem.
A subida da cordilheira deve ser muito bonita, quando não faz chuva. Há várias barracas com índios vendendo de tudo, mas a banana é o principal produto! Paramos um momento para fazer um lanche sob uma barraca, aparentemente abandonada... Momentos para desfrutar dos biscoitos trazidos do Brasil.
Chegamos em cima da cordilheira quase no fim da tarde e tudo mudou. Tinha sol, vegetação amarelada, vilas indígenas de montanha... E frio, bem frio!
O GPS nos levou certinho no hotel Olimpc, que tínhamos reservado na noite anterior. O único probema foi ficar no segundo piso, sem elevador... Isso a 3500 metros de altitude dá uma canseira!
Logo a noite, fomos jantar próximo a plaza de comidas... Um prato boliviano que lembra a tábua com tudo em cima que tem em algumas cidades no Brasil.
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